Há vários motivos que levam um profissional a considerar uma mudança de carreira. Desde a procura por melhores condições salariais, a uma tentativa de equilibrar a vida pessoal com a profissional ou a uma maior satisfação com a sua atividade, todos os motivos são válidos, sem exceção.
A mudança de carreira é um processo emocional e psicologicamente desgastante para qualquer pessoa. Nunca é fácil começar um novo projeto ou atividade, uma vez que é necessário, na maior parte das vezes, um período de aprendizagem relativamente longo e toda uma readaptação à nova realidade. Desengane-se quem pensa que isto se faz com uma perna às costas. Para dar um passo destes, é sempre necessário algum tempo de reflexão e, muito importante, de preparação e organização!
Por isso, neste artigo, falamos dos 5 erros mais comuns no processo de mudança de carreira e de como pode evitá-los.
Erro 1: Tomar uma decisão precipitada na mudança de carreira
Como em tantas outras áreas ou situações da nossa vida, nada de bom advém de uma decisão precipitada. Antes de considerar despedir-se do seu atual emprego, faça uma avaliação profunda da situação (de preferência, por um período de tempo relativamente longo). Tente colocar todos os aspetos de foro emocional de lado e seja muito honesto quanto às suas motivações e intenções. Invista tanto tempo quanto possível em perceber o que o faz querer mudar de emprego.
É normal que todos os profissionais passem por fases de maior e menor motivação. É um ciclo perfeitamente comum em qualquer área de atividade. Se a entrega daquele projeto está a exigir de mais de si, é natural que se sinta desgastado e stressado e que, a certa altura, lhe passe pela cabeça enveredar por outras vias. Também pode acontecer gostar bastante do que faz e do setor de atividade em que trabalha, mas não se sentir bem com a sua chefia ou com a sua equipa.
Cada caso é um caso, mas a regra é simples: não fuja de situações nem tome decisões precipitadas. Se considera uma reconversão profissional, analise bem a situação e todos os prós e contras de uma mudança de carreira.
Erro 2: Escolher uma nova atividade apenas pelo salário atrativo
Partir para um novo projeto ou atividade apenas pelo facto do salário ser mais apelativo pode ser um erro. Naturalmente, a evolução de carreira está associada a uma progressão salarial e, de forma muito pragmática, no final do mês há que fazer frente a determinados compromissos financeiros.
Contudo, não baseie a sua decisão única e exclusivamente na componente salarial.
Aceitar um novo cargo (por muito bem pago que seja) numa empresa que não vai ao encontro dos seus interesses, valores e crenças, não irá fazê-lo feliz e realizado a longo prazo. Não subestime a importância deste aspeto.
Vale a pena referir um estudo revisto pelo Dr. Victor Lipman, em 2014, que procurava determinar o que motivava os colaboradores da empresa TINYpulse e os levava a fazer aquela “milha extra”. Este inquérito contou com a colaboração de mais de 200 000 colaboradores e os resultados foram bastante interessantes.
Neste estudo, concluiu-se que a componente que mais motivava os colaboradores desta empresa era o sentimento de partilha e camaradagem (cerca de 20%). Surpreendentemente, apenas 7% dos inquiridos disseram que o dinheiro e os demais benefícios fiscais eram a sua maior motivação.
Estes resultados refletem bem a importância que outros elementos têm na vida profissional de qualquer pessoa. Por isso, não se guie apenas pela atratividade salarial quando considerar abraçar um novo desafio ou projeto. Faço-o se efetivamente também fizer sentido a outros níveis.
Erro 3: Não conhecer o mercado de trabalho em que está inserido
Este é outro erro frequente que pode ser bastante prejudicial na sua reconversão profissional. Não conhecer o mercado de trabalho em que está inserido pode levá-lo a aceitar propostas que não fazem jus às suas competências e à sua experiência ou, por outro lado, a exigir condições que não estão de todo enquadradas nos parâmetros do mercado de trabalho.
Da mesma forma, se tem uma veia de empreendedor e pretende criar um negócio ou abrir empresa, este fator tem ainda mais importância. Para se tornar competitivo no mercado em que vai atuar, tem de conhecê-lo como ninguém.
Por exemplo, os consultores imobiliários iad são profissionais independentes e conhecem o mercado de trabalho e a área onde atuam como ninguém. Eles são verdadeiros especialistas locais e é isso que marca a diferença com os demais profissionais do ramo imobiliário.
Erro 4: Despedir-se e mudar de carreira sem ter um plano B definido
Da mesma forma que não deve mergulhar de cabeça em novas situações por impulso, também não deve fazê-lo sem ter um plano B definido.
Sabemos que muitos processos de recrutamento podem ser longos e extenuantes, contemplando várias fases de entrevistas com diferentes pessoas ou mesmo alguns “exercícios”. Naturalmente, isto exige bastante tempo e predisposição mental por parte do candidato. Se considera passar por estes processos enquanto mantém as suas funções a tempo inteiro, não vai ser uma tarefa fácil! Contudo, poderá ser a opção mais sensata a seguir.
Sabia que vários estudos apontam para o facto das empresas preferirem contratar profissionais que já se encontram empregados? Esta também é a convicção de Alison Green, autora do livro How to Get a Job: Secrets of a Hiring Manager e do blogue Ask a manager.
Isto não se deve ao fator preconceito mas, por alguma razão, os departamentos de recursos humanos tendem a olhar para profissionais empregados como candidatos mais competitivos no mercado e mais apetecíveis.
Para além disso, o facto de estar empregado durante a procura de um novo emprego e de se encontrar numa situação de relativa segurança, vai fortalecer a sua posição perante as empresas e vai dar-lhe vantagem durante o período de negociações.
Erro 5: Negligenciar a sua rede de contactos na mudança de carreira
No artigo 10 Dicas para uma reconversão profissional com sucesso já muito falámos da importância de estabelecer e nutrir uma boa rede de contactos uma vez que, na grande maioria das vezes, as melhores oportunidades surgem através de sinergias com pessoas com quem já nos relacionámos antes.
Por isso, não descuide este aspeto quando considerar uma mudança de carreira. Fale com as pessoas que trabalham no setor e tente, sempre que possível, ter entrevistas informais. Durante estas conversas coloque todas as questões fundamentais e descubra mais sobre o setor no qual está interessado.
Aposte também no LinkedIn. Esta rede social é altamente eficaz para estabelecer contactos e para encontrar pessoas que trabalham numa determinada empresa ou setor de atividade.
Lembre-se, contudo, de que o networking é um trabalho com resultados a médio e longo prazo. Isto significa que estabelecer contacto com uma determinada pessoa apenas poderá revelar-se frutífero passado algum tempo. Nutrir relacionamentos profissionais significa ser capaz de investir neles e de colaborar com quem está do outro lado, sem pensar nos potenciais benefícios.
Para além disso, é frequente as melhores posições e cargos não serem publicamente anunciados nos canais de comunicação tradicionais ou nos sites de procura de emprego. As pessoas que integram as melhores posições são quase sempre referenciadas para o efeito, e isto só resulta porque elas souberam trabalhar bem a sua rede de contactos.
Posto isto, se considera uma mudança de carreira num futuro próximo, tenha em atenção todas estas dicas e considere ser consultor imobiliário independente da iad. Esta é uma oportunidade que lhe permite ter total autonomia na definição da sua carreira.
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